sexta-feira, 4 de abril de 2008

Salvador da Pátria?

Pois é, para todos aqueles que condenam a corrupção e achavam que esta era um problema sem solução possível no seio da sociedade portuguesa, é com muito agrado que lhes dou a melhor notícia de sempre: chegou o salvador! Segundo a Al Jazeera, José Sá Fernandes é o oásis no meio do enorme deserto que é o Portugal corrupto, "um dos países mais pobres do mundo". Num documentário transmitido pela estação televisiva oriental, explora-se o problema da corrupção e mostra-se uma face especial da cidade de Lisboa. Vale a pena ver, quanto mais não seja para saber em quem é que todos os alfacinhas deveriam ter votado nas últimas autárquicas. Bolas, se eu soubesse o que sei hoje...



Documentário: parte 1, parte 2

2 comentários:

Rogério Santos disse...

Até o médio oriente já nos critica. Mesmo atendendo ao facto de Portugal não ser um modelo para nenhum país nestas questões, penso que este foco internacional se precipita e que é despropositado ao fazer de Portugal o epicentro da corrupção. Ainda para mais escolher o Sá Fernandes como "O" político anti-corrupção e com qualidades morais acima da média, é duvidoso e até certo ponto, quase que aleatório, ou será que existe algum político que faça campanha pró-corrupção? Enfim, deve ser uma inovação: o "terrorismo informativo".

Gabriel Maria disse...

É difícil para nós, caros colegas, assistir a esta espécie de "As Cruzadas vistas pelos Mouros" (talvez seja aconselhável ler esta obra), por não nos vermos aqui representados por estes dois actores.
Sobre um deles, posso eu falar, porque conheço o processo.
Um destes guardiâes (e não guardiões, como se fala mil vezes na República do famoso)da integridade e lisura, o Ricardo, não o José,abordado na sua qualidade de advogado, no seu escritório por 80 euros a sessão, sobre a hipótese de levantar um processo contra a CML e a terceiros sobre a ilegalidade de um prédio em construção ter lesado patrimonialmente a minha família, não se rogou de pedir 6.000€ de provisão para "tratar de uma causa ganha à partida".
É uma longa história, que começa com essa consulta e com esse pagamento, e que vou aqui abreviar para uma simples catadupa de mentiras, em que dizia que"estava a tratar de tudo", que "o Processo já tinha entrado, que estava a correr todos os trâmites legais"e que acabou com a devolução desse dinheiro, quando foi inquirido pelos advogados da família (desconfiada após tantas desculpas)sobre qual o número do processo e em que tribunal estava a correr.