terça-feira, 29 de julho de 2008

VIH/SIDA

Numa sociedade informada e relativamente desenvolvida como a portuguesa, seria de esperar que o número de infectados com este tipo de doença, ao longo do tempo, fosse algo de semelhante a uma função que se vai aproximando infinitamente do zero. No entanto, não é isto que se verifica. Segundo o jornal SOL, baseado nas estimativas do 'Relatório sobre a Epidemia Mundial do HIV/SIDA - 2008', elaborado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas para a doença (ONUSIDA), os números aumentaram, relativamente a anos anteriores, na casa dos milhares.
Parece que quanto mais informados somos, menos cuidado temos. Enquanto se continuar a achar que isto é o tipo de coisas que só acontece aos outros, não haverá decerto qualquer melhoria.

4 comentários:

Gabriel Maria disse...

Temos que analisar com algum cuidado os números, Mestre Diogo.
Estão aí incluídos, sem qualquer discriminação, como é óbvio, a população imigrante e os números de portadores sem a doença estar activa, ou seja, seropositivos.
A doença, como se sabe, também comporta factores hereditários, pouco ou nada controláveis.

Diogo N. disse...

Sem dúvida, caro Salpicão. Posso até admitir que a "assimptota" da função não seja o zero, mas parece-me que estes indicadores são demasiado acentuados.
O que quero referir e salientar é a profunda indiferença de uma geração cada vez mais informada, que acompanha um nível de indiferença que cresce paralelamente a esta informação. Claro que há todo um leque de problemas subjacentes, com referiste mas, nesse caso, mesmo com a não discriminação dos números, não me parece que a discrepância devesse ser tão acentuada, quanto mais não seja pelo facto de o estudo anterior revelar as mesmas características que o actual.

Rogério Santos disse...

Parecem-me ser entre outros factores, consequências dos baixos níveis de instrução que ainda existem no seio da sociedade portuguesa. Por estas e por outras é que o nosso Primeiro-Ministro diz que "o país precisa de voltar à escola e apostar na massa cinzenta"...veremos se a política educativa que tem vindo a desenvolver resolve não só problemas económicos e profissionais, mas também problemas sociais e cívicos como estes.

Gabriel Maria disse...

Caro amigo Roger (Roger é giro), quer-me parecer, que esta incidência está mais relacionada com a toxicodependência, hereditariedade e comunidades migrantes do que propriamente com a falta de informação ou iliteracia da comunidade residente, como acontece nos países em que a poligamia é cultura.